sábado, 12 de novembro de 2016

SARCOMAS

 SARCOMAS



São neoplasias malignas raras que envolvem a PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS DO TIPO MESENQUIMAL
Células mesenquimais dão origem aos tecidos:
  conjuntivo, adiposo, muscular, ósseo, cartilaginoso, vasos sanguíneos e linfáticos podem entrar em proliferação descontrolada dando origem a SARCOMAS
                             Sarcomas: Osteossarcoma

osteossarcoma é uma lesão maligna de células mesenquimais.

Ou seja, essas células mesenquimais imaturas se multiplicam e destroem o osso, substituindo tecido ósseo maduro por tecido osteóide imaturo.

Os sintomas mais comuns são aumento de volume e principalmente dor. Também pode ser notada perda dos dentes, parestesia e obstrução nasal (no caso de tumores maxilares) pelo crescimento do tumor.
Os achados radiográficos variam de esclerose densa a um misto de lesões radiolúcidas e escleróticas (como na seta) até um processo inteiramente radiolúcido. Os limites periféricosda lesão são geralmente indistintos e mal definidos, tornando difícil determinar radiograficamente a extensão do tumor. Ocasionalmente, há reabsorção das raízes dos dentes envolvidos pelo tumor em forma de ponta de agulha. A área óssea da radiografia se torna difusa com aparência clássica de raios de sol.




rabdomiossarcoma é uma neoplasia maligna caracterizada pela diferenciação em músculo esquelético. Ou seja, é uma lesão de origem mesenquimal (um sarcoma).

Embrionários são mais comuns nos 10 primeiros anos de vida, e representamcerca de 60% dos casos.
Os rabdomiossarcomas alveolaresocorrem mais frequentemente emindivíduos entre os 10 e os 25 anos de idade, representando 20% a 30% dos tumores.

Os rabdomiossarcomas pleomórficosrepresentam menos de 5% dos casos e mostram um pico de prevalência em pacientes com idade superior aos 40aos de idade. 

O palato é a localização intraoral mais comum, e existem casos onde as lesões parecem surgir no seio maxilar e invadir a cavidade oral.

O tratamento inclui cirurgia radical, quimioterapia e radioterapia.



Algumas Lesões Reativas

Algumas Lesões Reativas

São lesões associadas a traumas contínuos de baixa intensidade. Isso provoca crescimento tecidual localizado, com evolução lenta, geralmente o paciente não relata dor.

Granuloma Piogênico

Provocado pelo trauma local, geralmente por uma prótese e restauração mal adaptadas. Geralmente acontece em gengiva, mas pode acometer qualquer região da boca.
Clinicamente se apresenta como lesão nodular avermelhada, com superfície lobulada, sendo assintomática na maioria dos casos.



Granuloma Piogênico
Em lesões com essa característica, quando em gengiva, devemos sempre suspeitar de três diferentes patologia, o Granuloma Piogênico, o Granuloma  Periférico de Células Gigantes e o Fibroma ossificante Periférico. A conduta do profissional deve ser a remoção total da lesão com curetagem, e realização de exame anatomopatológico.

Granuloma Periférico de Células Gigantes

Decorrente de trauma crônico em região subgengival, atingindo periodonto. Sendo assim é uma lesão exclusiva de gengiva e rebordo alveolar.  Em alguns casos é possivel observar reabsorção óssea radiograficamente. A conduta é a excisão cirúrgica e curetagem para evitar recidivas, o material é encaminhado para exame anatomopatológico.

Fibroma Ossificante Periférico

Também decorrente de trauma crônica, possui características clínicas parecidas com as duas lesões anteriores, no entanto pode apresentar coloração pálida e uma consistência endurecida quando comparado a elas.

O Fibroma Ossificante Periférico desenvolve como reação ao trauma um tecido calcificado, que em alguns casos pode ser observado no interior da lesão  em radiografia.

A conduta do profissional é a Remoção total da lesão, incluindo ligamento periodontal e remoção do agente irritante.




Lesões Ósseas

Lesões ósseas

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES.

A lesão central de células gigantes (LCCG) é um processo patológico incomum, correspondendo a menos de 7% das lesões benignas que acometem o complexo maxilomandibular.  Alguns autores a consideram um processo reparativo, resultante de fatores traumáticos, contudo a sua verdadeira natureza permanece ainda desconhecida. A LCCG é comumente assintomática e acomete principalmente crianças e adultos jovens com menos de 30 anos de idade. Com relação ao sexo, observa-se que há predisposição maior para as mulheres, com uma proporção mulher/homem de 2:1. A mandíbula é mais afetada que a maxila. Em virtude das características anatômicas da mandíbula, com uma cortical mais espessa e menos tecido ósseo esponjoso, as LCCGs localizadas nesse sítio tendem a expandir menos que as situadas na maxila.
Como existe uma variação no comportamento biológico de algumas LCCGs, têm sido descritos dois grupos de lesões: as agressivas, caracterizadas por dor, crescimento rápido, reabsorção radicular e elevado índice de recidiva, e as não agressivas, que são comumente assintomáticas, evoluem lentamente, não produzem reabsorção radicular e exibem uma baixa taxa de recorrência. O aspecto radiográfico da LCCG apresenta áreas radiolúcidas uni ou multiloculares, com bordas irregulares ou relativamente regulares.

O tratamento cirúrgico com curetagem profunda é o método tradicionalmente usado para LCCG. Citam-se ainda injeções intralesionais de corticosteroides   como Calcitonina.

É importante realizar a Checagem de níveis de Paratormonio, dosagem sérica de cácio e fosfatase alcalina, para afastar a hipótese de Tumor Marrom do Hiperparatireodismo

TUMOR MARROM DO HIPERPATIREODISMO


tumor marrom do hiperparatireoidismo trata-se de uma desordem óssea metabólica, que pode acometer todo o esqueleto, inclusive maxila e mandíbula.
Esta desordem recebe esse nome devido ao aspecto macroscópico que as lesões intra-ósseas apresentam, de coloração vermelho-escuras a amarronzadas, em decorrência da intensa hemorragia que ocorre nessas lesões e do depósito de hemossiderina.
Comumente, este transtorno é resultante de um quadro de hiperparatireoidismo primário e, raramente, secundário e terciário.
O tumor marrom surge somente em casos crônicos de hiperparatireoidismo não tratados. As lesões são causadas pelo aumento da produção e liberação do paratormônio (PTH), levando ao aumento da reabsorção de cálcio dos ossos. Com o constante sequestro de cálcio, vai ocorrendo a formação de um tecido de reparação, que aumenta de tamanho gradativamente.
(Calcio diminui nos ossos e aumenta no sangue).

Este tipo de desordem costuma surgir em indivíduos que se encontram na terceira, quarta e sexta décadas de vida, especialmente no sexo feminino. O local mais acometido na região da cabeça e pescoço é a mandíbula. Além disso, outros ossos frequentemente afetados são: clavícula, costelas e pelve.
As manifestações clínicas variam de acordo com a localização e extensão do tumor. No maxilar, pode haver dor e tumefação de consistência dura. Quando extenso, pode levar à deformação da região, bem como prejudicar a função do osso em questão. Além disso, sintomas do hiperparatireoidismo são observados, incluindo: fadiga, fraqueza, náusea, anorexia, sede excessiva, poliúria, constipação e depressão.
O diagnóstico é alcançado por meio de exames radiológicos, que revelam uma lesão radiotransparente bem demarcada, juntamente com exame histopatológico do tumor, que aponta a presença de tecido conjuntivo denso altamente vascularizado, células fusiformes em quantidades variáveis, células gigantes multinucleares distribuídas difusamente, áreas de hemorragia e de hemossiderina. Além disso, podem ser observadas trabéculas ósseas neoformadas com osteoblastos tumefeitos em sua periferia. Exames de sangue que apontam o aumento dos níveis de cálcio e fosfatase alcalina, bem como a redução do nível de fósforo são úteis para o fechamento do diagnóstico.
Primeiro, o tratamento deve visar resolver o hiperparatireoidismo. No caso do hiperparatireoidismo primário, o tratamento cirúrgico deve ser o de escolha. Quando a lesão é removida da paratireoide, o tumor marrom começa a regredir. No caso do hiperparatireoidismo secundário, deve-se realizar o tratamento da desordem de base, que está afetando o funcionamento normal das glândulas paratireoides e suplementação com vitamina D, com provável chance de recuperação da massa óssea no local afetado.
Fonte:
http://www.unifesp.br/dorto-onco/livro/tumo10p8.htm





 LESÕES FIBRO-ÓSSEAS

Representam um grupo de patologias caracterizados por substituição do osso normal por tecido fibroso contendo material mineralizado. 


Displasia Fibrosa 

Condição do desenvolvimento caracterizada por substituição de osso normal por tecido fibroso celular entremeado com trabéculas ósseas irregulares. 
Displasia monostótica dos maxilares: acomete apenas um osso com tumefação indolor da área afetada, crescimento lento envolvendo mais frequentemente a maxila. 
Radiograficamente a lesão aparece como opacificação fina e mal delimitada, denominada de “vidro despolido”. 

Displasia poliostótica: ocorre o envolvimento de dois ou mais ossos. 
 
Síndrome de McCune-Albright: displasia fibrosa poliostótica, manchas café-com-leite e múltiplas endocrinopatias (desenvolvimento da puberdade antecipado). 
O tratamento cirúrgico é indicado nos casos de deformidade facial ou prejuízo da função. A radioterapia é contra-indicada devido ao riso de desenvolvimento de sarcoma pós-radiação. 





QUERUBISMO

querubismo consiste em uma lesão fibro-óssea hereditária não neoplásica, que acomete exclusivamente a mandíbula e maxila de crianças, habitualmente de ambos os lados, conferindo uma aparência querubínica. Trata-se de uma patologia rara, com herança autossômica dominante. 
O aumento de volume presente no querubismo resulta de uma perda de massa óssea na mandíbula e maxila, que é, por conseguinte, substituída por grandes quantidades de tecido fibroso. Na maioria das vezes, some quando a criança cresce, porém, em casos mais raros, a condição persiste.
Clinicamente, observa-se uma expansão da mandíbula e maxila tipicamente bilateral, não dolorosa, ocasionando um aumento da face e retração palpebral, o que confere o aspecto de olhos virados para cima. Quando palpadas, estas lesões apresentam-se firmes e rígidas e podem surgir em associação com linfadenopatia cervical.
De acordo com o grau da lesão, pode haver comprometimento bucal e sistêmico do indivíduo, queda prematura dos dentes decíduos, erupção anormal dos dentes permanentes, distúrbios oculares, obstrução respiratória e problemas de audição.  Além desses problemas, também pode haver deformações no palato, impacção dental que resulta em má-oclusão, reabsorção radicular em decíduos e permanentes.
O diagnóstico do querubismo é alcançado por meio da evolução clínica da doença, histórico familiar, achados radiológicos e confirmação através de uma avaliação histopatológica.
O tratamento é feito com base no curso natural da patologia e no comportamento clínico individual. Nos casos mais graves pode ser necessária a realização de cirurgia para eliminar o tecido fibroso presentes no local. Em alguns pacientes também existe a opção de se fazer enxertos ósseos nos locais acometidos. Normalmente também deve ser realizado um tratamento ortodôntico para evitar problemas dentários permanentes, bem como um tratamento oftálmico em casos de acometimento da órbita ocular, deslocamento do globo e/ou perda visual.


CARCINOMA EPIDERMOIDE

Carcinoma Epidermoide

O carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermoide bucal (CEC) consiste na neoplasia maligna mais comum da cavidade oral, representando 90% a 96% dos cânceres bucais. Essa neoplasia tem origem nas células tronco epiteliais presentes na camada basal, Em lábio inferior, o carcinoma de células escamosas está intimamente ligado a exposição aos raios ultravioletas, sendo mais predominante em indivíduos leucodermas. As características clínicas são variáveis, mas é comum encontrar lesões ulceradas com bordas elevadas e endurecidas, facilmente sangrantes.  Em outras áreas da mucosa oral, está relacionado a hábitos deletérios como uso de tabaco e álcool, sendo mais prevalente em indivíduos do sexo masculino e acima de 50 anos, no entanto essas características tem mudado com o aumento da incidência em mulheres e jovens, nesses casos geralmente afeta língua e assoalho bucal e apresenta áreas eritroleucoplásicas e lesões ulceradas com bordas endurecidas.  
É importante observar que existem diferenças entre etiologia e prognóstico de carciomas epidermooides de labio, intrabucais e orofaringe.
O carcinoma de lábio geralmente acontece em  pacientes leucodermas (de pele clara) que exercem atividades ao ar livre estando expostos a radiação solar, associados a queilite actínica. São menos agressivos, com melhor prognóstico.
O carcinoma intrabucal esta associado a pacientes tabagistas e etilistas, sendo comum em borda lateral de lingua, assoalho bucal e palato. Apresentam pior prognóstico que o carcinoma de lábio

O Carcinoma de orofaringe esta associado ao HPV

O tratamento e o prognóstico do câncer oral estão significativamente vinculados ao estágio clínico da doença, sendo que as lesões iniciais apresentam alto índice de sobrevida e cura, o, os tumores com menos de 2 cm, nos quais ocorrem os maiores índices de metástases e recidivas, podem apresentar comportamento evolutivo distinto, sendo que seu tamanho se relaciona com maior perda de diferenciação (células tumorais  imaturas). 



Lesões Benignas

Papiloma

Lesão induzida pelo papilomavirus Humano (HPV). É uma proliferação celular benigna do epitélio escamoso estratificado que resulta em um aumento de volume papilar ou verruciforme.
Podem ser encontrados no vermelhão dos lábios e na mucosa da boca, com predileção pelo palato duro, palato mole e úvula. Essas três últimas localizações constituem aproximadamente um terço das lesões encontradas. Em geral medem menos do que 1cm na maior dimensão e aparecem como alterações exofíticas da superfície, entre granulares e semelhantes a couve-flor.
O tratamento é  a excisão cirúrgica e biópsia. Recidivas são raras.


Papiloma
 Estomatologia Unioeste


Lipoma

O lipoma intraoral é uma neoplasia benigna de mucosa correspondendo de 1 a 4% de todos os tumores benignos de mucosa oral. Apresentam tecido mesenquimal adiposo, usualmente coberto por uma fina camada de cápsula fibrosa, podendo ocorrer em diferentes tecidos e órgãos do corpo. Sua etiologia e patogenicidade não é bem esclarecida, sendo relatada a influência de fatores hormonais, endócrinos e inflamatórios. Geralmente são de crescimento lento, bem delimitado, indolor podendo ser superficial ou profundo, porém possuem um subtipo maligno denominado liposarcoma. As regiões na cavidade bucal com maior frequência são: mucosa bucal, lábio, língua, sulco vestibular e assoalho bucal. O diagnóstico é geralmente clínico. O tratamento é a excisão cirúrgica, e o especime deve ser encaminhado para biópsia.

A e B lipoma em borda lateral de língua, imagem clínica e da lesão excisada. Em C e D observamos células adipposas maduras.


Schwanoma
Neoplasia benigna originária das células de Schwan, que fazem parte do  tecido nervoso.
Se apresentam como Lesões nodulares, de consistência borrachóide, assintomática.
Geralmente Ocorre em adultos jovens, com localização preferencial em língua, soalho e palato.O tratamento de escolha é a Excisão cirúrgica e biópsia.  Assim como em toda excisão cirurgica, o especime deve ser enviado para analise histopatológica onde vai apresentar na lâmina dois padrões distintos, denominados Antony A e Antony B. 

                                                                      Schwanoma


                                      Padrão Antony A Seta preta, Padrão Antony B seta azul

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Materia da Prova

Meus queridos da 6º turma... neste blog temos grande parte do conteudo da prova! Olhem as postagens feitas em 2015

domingo, 21 de agosto de 2016

Cisto Radicular

Cistos são entidades que se formam a partir de uma proliferação de células de epitélio. Essa proliferação epitelial é encapsulada por uma parede fibrosa. Dentro temos uma cavidade preenchida por liquido.





Vamos primeiro falar de cistos odontogênicos:

Eles tem esse nome pois a origem de seu epitélio vem de um germe dentário (lamina dentária ou órgão do esmalte).

Os cistos odontogênicos se dividem em dois grupos, os de origem inflamatória (tem como causa a cárie dentária, por tanto sempre associado a um dente cariado e desvitalizado) e os de desenvolvimento

Vamos falar primeiro dos cistos inflamatórios:

O mais comum de todos os cistos odontogenicos é de origem inflamatória, chamado cisto radicular.
Geralmente ele se origina de um granuloma, com a multiplicação de células provenientes dos restos epiteliais de malassez. Essa condição é muito comum na maxila região anterior, na idade adulta.

Quando o cisto se origina na região de periapice, chamamos cisto radicular.  Se esse cisto vem de um canal secundario lateral, temos um cisto periapical lateral. Quando após a extração do dente o cisto ainda estiver na regiao intra-ossea chamamos cisto residual.


Vejam esse video, onde se remove um cisto radicular.



Osteomielite

Osteomielite

Destruição lítica e expansiva do osso envolvido, com supuração e formação de sequestro ósseo. Ou seja ha destruição do osso que é contaminado por pus.
A osteomielite é geralmente causada por infecções de origem dentária e traumas
Características clínicas:
-Predominância em mandíbula

-Maior incidência em gênero masculino

A presença de pus causa uma pressão nos vasos sanguíneos, com essa deficiencia de circulação temos isquemia e necrose óssea.

Na Osteomielite Aguda, temos uma coleção de pus formada principalmente por neutrófilos.
- Características Clinicas:
Tumefação, dor e febre
Linfadenopatia
Parestesia
-Características Radiográficas:
Áreas radiolúcidas com bordas indefinidas e irregulares

Ja a osteomielite cronica pode vir como uma sequela da aguda (osteomielite se iniciou de forma aguda mas com o tempo, células de inflamação cronica se tornaram presentes)
A osteomielite cronica também pode vir como resultado de uma infecção branda que tenha longa duração.

Osteomielite Esclerosante
Nesse tipo de condição temos a formação de osso esclerótico (uma massa óssea mais densa, radiopaca). Uma resposta cronica a infecção. Nessa patologia temos areas radiopacas.

Celulite

Se um abscesso não é capaz de drenar através da superfície cutânea ou para o interior da cavidade oral, ele pode disseminar difusamente atraves dos dos tecidos moles.
Esta disseminação edemaciada da infecção acompanhada de um processo inflamatório agudo é denominada celulite

A angina de Ludwig, uma celulite freqüentemente originada de infecção dentária, embora incomum, é uma condição importante pois apresenta risco iminente de obstrução de vias aéreas. Nessa patologia o que temos é o acumulo de pus nos tecidos moles dos espaços sublingual, submandibular e submentoniano.  O sucesso do tratamento é baseado no seu reconhecimento precoce, uso de antibióticos adequados, manutenção da via aérea e a drenagem da infecção



 https://www.youtube.com/watch?v=v0L-dkXVA8g



Trombose do seio cavernoso

Causada por infecções odontogênicas (de dente), otogênicas (de ouvido), de origem paranasal, facial ou traumática. Suas manifestações clínicas são facilmente identificáveis e apresentam-se como alterações nas regiões da orbita ocular e periorbital, confirmando-se o diagnóstico através de exames imaginológicos. O tratamento dessa patologia é de urgência, e consiste na utilização de antibióticos de amplo espectro e, quando possível, terapia anticoagulante, além da eliminação do foco primário de infecção. Antes da descoberta da antibioticoterapia, a trombose de seio cavernoso geralmente resultava em sequelas neurológicas e visuais e, na maioria dos casos, morte. Porém, apesar de seu tratamento agressivo, a taxa de morbidade e mortalidade permanece relativamente alta. 

Os principais sintomas são: 
A protrusão e a fixação do globo ocular. (globo ocular se desloca para fora)
Rigidez e tumefação da região frontal adjacente e do nariz.
Podem ocorrer dilatação pupilar, lacrimejamento, fotofobia e perda da visão.
Muitas vezes a dor esta presente sobre o olho e ao longo da distribuição dos ramos oftalmico e maxilar do nervo trigemeo.
Equimoses e ptose (queda) palpebral são encontradas em mais de 90% dos pacientes afetados.
Embora muitos casos sejam no inicio unilaterais, sem o tratamento adequado, a infecção pode se disseminar para o lado oposto.
Podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, sudorese, taquicardia, nauseas e vomitos. Ocasionalmente, podem resultar abscessos cerebrais.


Abscesso

Por definição, o abscesso apical agudo é um processo inflamatório agudo, caracterizado pela formação de pus, que afeta os tecidos que envolvem a região apical. tem evolução rápida e causa dor violenta.
Causas:
O abscesso apical agudo pode ser causado por agentes físicos, químicos e microbianos, que são responsáveis por uma resposta inflamatória irreversível do órgão pulpar, com posterior infecção. 
No abscesso apical agudo os microrganismos que causam a infecção pulpar passam do interior do canal radicular para o periápice
. O Abscesso apical agudo pode desenvolver-se como seqüencia  de uma rarefação apical crônica, como o granuloma dental. Quando o abscesso alveolar agudo se desenvolve a partir da exacerbação de um granuloma apical, recebe o nome de Abscesso Fenix (o que resurgiu).

Características clínicas
  • A dor e o mal estar provocado pelo abscesso apical agudo tem aumento progressivo e rápido com características de um processo inflamatório agudo na região do periápice.
  • A dor é acentuada, pulsatil com formação de pus, dando sensação de pressão na área.
  • Pode estar presente uma tumefação no fundo do vestíbulo e mobilidade dental.
  • Sensibilidade extrema à percussão e à palpação.
  • Os dentes vizinhos podem, também, apresentar-se sensíveis à percussão, porém com vitalidade pulpar.
  • A radiografia pode apresentar aspecto normal da área apical ou mostrar um ligeiro espessamento da lâmina dura. Quando uma área de rarefação está presente, pode-se dizer que ocorreu a agudização de um processo crônico (Abscesso Fenix).
  • Quando o abscesso apical agudo está confinado na região apical, as manifestações de ordem geral nem sempre são severas, porém podem estar presentes: bacteremia transitória, linfadenite regional e elevação da temperatura corporal.
  • O pus presente na região periapical, se não drenado pelo canal, procura o caminho de menor resistência para exteriorizar-se. Enquanto o pus procura local de escape, ocorre aumento de pressão sobre o pericimento, provocando dor exacerbada. O pus, se não drenar pelo canal ou pelo ligamento periodontal, procura perfurar o osso cortical chegando a submucosa e  formando a fístula.
  • Ao extravasar o abscesso, a dor severa fica bem atenuada e pode mesmo desaparecer, em virtude do alívio da pressão.

Tratamento:
O tratamento do Abscesso Apical Agudo, consiste em se estabelecer  drenagem  e eliminar a causa.
Se o paciente apresentar febre ou pertubações tóxicas, deve-se admistrar antibióticos apropriados . Caso o paciente não seja alérgico, indica-se penicilina. Caso contrário, eritromicina.
A drenagem deve ser procurada para que se possa resolver o processo mais rapidamente possível. esta drenagem pode ser feita via canal, via ligamento periodontal e incisão.

O vídeo esta em ingles, mas é muito interessante

Granuloma Periapical

granuloma periapical é a lesão mais comum que acomete o ápice da raiz de um dente com a polpa necrosada (dente sem vitalidade). Apesar de ser indolor, ela evolui lentamente e em raras vezes se torna grande.  O mais comum no granuloma periapical que vai evoluindo lentamente é que se transforme em um cisto periapical.

Histologicamente o que acontece?
Nos estágios iniciais de infecção, ha a predominância de neutrófilos (primeiras células de defesa a aparecerem) e as alterações radiográficas não estão presentes (ja que ainda não temos ação de osteoclastos na reabsorção do osso); esta fase da doença inflamatória periapical é denominada periodontite apical agudaCom a avanço da infecção as prostaglandinas liberadas, as quais ativam os osteoclastos para reabsorver o osso circundante, promovendo uma área radiolúcida periapical detectável.

O granuloma continua aumentando e reabsorvendo osso?

Não, Com o tempo, as células inflamatórias crônicas ( como os linfócitos) começam a dominar a resposta do hospedeiro. Mediadores liberados por linfócitos reduzem atividades osteoclasticas futuras, enquanto também estimulam os fibroblastos e a microvascularização. Devido a essas ações, as lesões crônicas são muitas vezes assintomáticas.

Tratamento: Endodontia