sábado, 14 de novembro de 2015

Cisto Nasolabial

Cisto Nasolabial
Cisto do desenvolvimento raro que ocorre no lábio superior, lateral à linha médiaMuitas vezes, aumento eleva a mucosa do vestíbulo nasal e causa apagamento do fundo de vestíbulo.


Cisto Nasolabial

O tratamento de eleição do cisto nasolabial consiste na remoção cirúrgica total por acesso intraoral. Como a lesão geralmente está próxima ao soalho nasal, muitas vezes é necessário retirar uma parte da mucosa nasal para garantir a remoção completa da lesão. A recidiva é rara.

7 comentários:

  1. Cistos odontogênicos
    Lesões cujo epitélio que as revestem tem origem odontogênica, especificamente da lamina dentária e órgão do esmalte.
    • Cisto radicular: Epitélio encontrado na região apical do dente desvitalizado, sendo estimulado pela inflamação. Restos epiteliais de Malassez no ligamento periodontal.
    - Aspectos clínicos: Assintomático, acomete mandíbula posterior e maxila anterior.
    - Aspectos radiográficos: Área radiolúcida bem circunscrita intimamente associada ao ápice do dente, com perda da lâmina dura na região da lesão.
    OBS: Cisto radicular lateral possui as mesmas características, porém, incide lateralmente á raiz.
    - Tratamento: Extração, Tratamento endodôntico e Cirurgia periapical.

    • Cisto dentígero: Mais comum, envolve a coroa de um dente impactado, se unindo na junção amelocementária. Ocorre pelo acúmulo de fluido entre o eptélio do esmalte e a coroa do dente causando a separação do folículo dentário.( cisto de desenvolvimento).
    - Aspectos clínicos: frequentemente associado á terceiros molares inferiores inclusos, com predileção por sexo masculino de 10 á 30 anos de idade.
    - Aspectos radiográficos: Área radiolúcida unilocular que está associada à coroa de um dente incluso. A lesão radiolúcida geralmente apresenta uma margem bem definida e frequentemente esclerótica.

    - Tratamento: remoção cirúrgica do cisto juntamente com o dente.

    • Cisto de erupção: Se desenvolve da separação do folículo dentário da coroa de um dente em erupção, já posicionado em tecidos moles.
    - Aspectos clínicos: Aumento de volume local, atinge crianças inferiores á 10 anos de idade, cor azul arroxeada devido ao acúmulo de sangue.
    - Tratamento: incisão da cápsula cística, para o dente erupcionar.

    • Cisto odontogênico calcificante: Localmente Agressivo, tem características de um cisto e de neoplasia sólida. Sua origem está nos remanescentes do epitélio odontogênico localizado na gengiva
    - Aspectos clínicos: Mais comuns em pacientes jovens (2ª década), Gênero femino.
    Localização preferencial Maxila.
    - Aspectos radiográficos: Área radiolúcida bem circunscrita, com quantidades variáveis de material radiopaco calcificado.

    • Queratocisto odontogênico: Origem de remanescentes da lâmina dentária. Sua fase inicial geralmente é assintomática. Em fases mais avançadas, podem apresentar sintomas como tumefação, alterações no posicionamento dental, dor, trismo e parestesia.
    - Aspectos clínicos: Benigno, porém, localmente agressivo, predileçõ por mandíbula posterior, e encontrado por volta dos 20 e 30 anos de idade.
    - Aspectos radiográficos: Semelhante ao cisto dentígero, pode apresentar imagem multilocular
    - Tratamento: Enucleação cirúrgica com minunciosa curetagem óssea, porém, podem ser usadas a marsupialização, descrompressão e crioterapias.

    • Cisto odontogênico glandular: Tipo raro de cisto odontogênico do desenvolvimento que pode apresentar um comportamento agressivo.
    - Aspectos clínicos: Ocorre em maior parte na mandíbula anterior, acometendo pacientes adultos de em média 48 anos de idade.
    - Aspectos radiográficos: lesões radiolúcidas multiloculares.
    - Tratamento: Enucleação cirúrgica, porém, apresentam índices de recidivas em lesões com aspectos multiloculares, portanto, é defendida a ressecção em bloca nesses casos.

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  2. Cistos não odontogênicos
    Epitélio aprisionado ao longos das linhas de fusão dos processos embrionários.
    • Cisto do ducto nasopalatino: Origem provável de remanescentes epiteliais do canal nasopalatino, devido á traumas ou infecções bacterianas.
    - Aspectos clínicos: Predileção por homens, podendo provocar divergência radicular dos incisivos centrais superiores.
    - Aspectos radiográficos: é apresentado uma área radiolúcida bem circunscrita com borda esclerosada, localizada entre os incisivos centrais.
    - Tratamento: Enucleação cirúrgica

    • Cisto nasolabial: Cisto do desenvolvimento raro que ocorre no lábio superior, lateral à linha média.
    - Aspectos clínicos: Mais comum em adultos jovens do sexo feminino, ocorre acima do lábio superior lateral á linha mediana, pode ser bilateral e resultar da obstrução nasal e assintomático.
    - Tratamento: Excisão cirúrgica por acesso intra- oral.

    • Cisto dermóide: Retenção de células multipotenciais, resultando em uma forma de cisto benigno originário do Epitélio Germinativo Embrionário.
    - Aspectos clínicos: Acomete adultos jovens. Possui crescimento lento e assintomático, com consistência mole e pastosa á palpação.
    - Tratamento: excisão cirúrgica

    • Cisto do ducto tireoglosso: Mais comum no pescoço. Sua origem decorre da ploriferação de remanescentes epiteliais do trato tireoglosso embrionário.
    - Aspectos clínicos: Maioria ocorre na linha média do pescoço e abaixo do osso hióide. Consistência firme e móvel. Desenvolvimento lento, assintomático, podendo causar deficiência na deglutição.
    - Tratamento: remoção cirúrgica, com maior indicação, na remoção do segmento médio do osso hióide.

    • Cisto da fenda branquial: Provindos dos remanescentes de fendas branquiais.
    - Aspectos clínicos: Frequentemente na região lateral do pescoço, afetando pacientes jovens entre 20 a 40 anos. Desenvolvimento se apresenta lento e assintomático.

    • Cisto ósseo simples: Espaço vazio intra-ósseo com ausência de revestimento epitelial (Pseudocisto), Incomum nos maxilares – Mais frequente em ossos longos. Etiologia mais aceita: desenvolvimento por uma hemorragia intramedular produzida por trauma (Teoria Trauma-Hemorragia).
    - Aspectos clínicos: Afeta mais homens adolescentes, no corpo mandibular. Assintomático
    - Aspectos Radiográficos: Imagem radiolúcida definida e regular.
    - Tratamento: Curetagem para estabelecer sangramento.

    • Cisto ósseo aneurismático: Acúmulo intra-ósseo de espaços cheios de sangue, circundado por tecido fibrocelular.
    - Aspectos clínicos: Mais comum na mandíbula em áreas de molares. Pode ter um rápido inchaço facial com dor.
    - Aspectos radiográficos: Zona radiolúcida, contorno nítido e irregular, com formações cavitárias MULTILOCULARES em seu interior, tipo favos de mel ou bolhas de sabão.
    - Tratamento: Excisão ou curetagem com crioterapia, afim de evitar hemorragias.

    • Cisto ósseo estático: Depressão anatômica da face lingual posterior da mandíbula que parece um decorrente da inclusão de tecido glandular ou outros tecidos moles durante o desenvolvimento embrionário da mandíbula.
    - Aspectos clínicos: Predileção por homens (80 a 90%). Assintomático. Pode formar uma depressão palpável na borda inferior da mandíbula. Não há modificação de tamanho ao longo do tempo (Estático).
    - Aspectos radiográficos: forma oval bem circunscrita, abaixo do canal alveolar inferior e anterior ao ângulo mandibular.
    - Tratamento: quando diferenciado de outras lesões, não necessita de tratamento.

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  3. Tumores de origem epiteilial sem ectomesenquima

    • Ameloblastoma: Origem no epitélio da lâmina dentária. Alta incidencia e agressividade local.
    - Aspectos clínicos: Padrão sólido ou multicístico, Progressão lenta e assintomática. Mais comum em ramos da mandíbula. Podem causar: Alterações na oclusão, Deslocamento/Reabsorção dentária, Ulcerações e Assimetrias faciais.
    - Aspectos radiográficos: Lesões radiolúcidas multiloculares com aspecto de bolha de sabão. Expansão da tábua óssea é achado comum, chegando a perfuração das corticais ósseas. Pode causar reabsorção radicular e está associado ao terceiro molar inferior retido.
    -Tratamento: Ressecção em bloco, com margem de segurança óssea.

    • Ameloblastoma Intraósseo multicístico ou sólido convencional:
    Aspectos clínicos: Padrão sólido ou multicístico, Progressão lenta e assintomática. Mais comum em ramos da mandíbula. Podem causar: Alterações na oclusão, Deslocamento/Reabsorção dentária, Ulcerações e Assimetrias faciais.
    - Aspectos radiográficos: Lesões radiolúcidas multiloculares com aspecto de bolha de sabão. Expansão da tábua óssea é achado comum, chegando a perfuração das corticais ósseas. Pode causar reabsorção radicular e está associado ao terceiro molar inferior retido.
    - Padrões:
    Folicular: Múltiplas ilhas de epitélio odontogênico.
    Plexiforme: Cordões de epitélio odontogênico anastomosando-se.
    Acantomatoso: Ilhas de ameloblastoma exibindo queratina central.
    Células glanulares: Ilha tumoral exibindo células centrais com citoplasma granular proeminente.
    Desmoplásico: Finos cordões de epitélio ameloblástico em meio a um estroma de tecido conjuntivo fibroso denso.
    Células basais: Ilhas de células basaloides hipercromáticas com paliçada periférica.

    • Ameloblastoma unicístico:
    - Aspectos clínicos: Atinge a Segunda década de vida, com média de 23 anos, ocorrendo na Mandíbula em 90% dos casos e Assintomático.
    - Aspectos radiográficos: Lesões radiolúcidas que circundam a coroa de um terceiro molar incluso, Delimitadas.
    - Padrões:
    Luminal- o tumor está confinado à superfície luminal do cisto.
    Intraluminal: um ou mais nódulos de ameloblastomas se projetam do revestimento cístico em direção ao lúmen do cisto.
    Mural: a parede fibrosa do cisto está infiltrada por ameloblastoma típico folicular ou plexiforme.

    • Ameloblastoma periférico:
    -Aspectos clínicos: Desenvolvimento no tecido gengival. Clinicamente semelhante ao fibroma ou granuloma piogênico. Indolor, e se apresenta mais em mandíbula que maxila, na faixa etária de 40 á 60 anos. Apresentando- se como excisão local.
    - Tratamento: Ressecção em bloco com margens de segurança. Reconstrução com placas e enxertos microvascularizados.
    • Tumor odontogênico calcificante: Também chamado de tumor de Pindborg. As células tumorais apresentam semelhança morfológica com as células do estrato intermediário do órgão do esmalte.
    - Aspectos clínicos: Idade mais comum entre 30 e 50 anos. Não há predileção por gênero. Mais comumente nas regiões posteriores.
    - Aspectos radiográficos: Lesão radiolúcida multilocular com aspecto de favos de mel contendo calcificações delicadas.
    - Tratamento: Remoção cirúrgica da lesão juntamente com uma fina camada de osso circunjacente.

    • Tumor odontogênico escamoso: neoplasia odontogênica benigna rara. Menos de 50 exemplos foram relatados até o momento. A maioria deles se localiza dentro do osso. O tumor odontogênico escamoso pode surgir devido à transformação neoplásica dos restos da lâmina dentária ou talvez dos restos epiteliais de Malassez. Parece se originar a partir do ligamento periodontal que está associado à superfície radicular lateral de um dente erupcionado.
    - Aspectos clínicos: São encontrados em idades variáveis e distribuídos aleatoriamente por todo o processo alveolar da maxila e da mandíbula, sem predileção por um sítio específico. Apresentam um aumento de volume indolor ou levemente dolorido na gengiva.
    - Aspectos radiográficos: consistem em um defeito radiolúcido triangular lateral á raiz ou raízes de um dente.

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  4. Tumores de origem epitelal, com ectomesênquima, com ou sem formação de tecidos duros
    São compostos de epitélio odontogênico e elementos do ectomesênquima. Tecidos dentários calcificados podem ou não ser formados nestas lesões.
    Ectoderma  esmalte e cemento
    Mesoderma  ligamento periodontal e osso alveolar
    Ectomesênquima  dentina e polpa

    • O grupo dos tumores odontogênicos mistos, compostos por epitélio odontogênico em proliferação em um ectomesênquima que lembra a papila dentária. Algumas dessas lesões mostram variados graus de efeitos indutores por parte do epitélio no mesênquima, levando à formação de variadas quantidades de esmalte e dentina.


    • Fibroma ameloblástico: Neoplasia mista real (verdadeiro) , tanto epitélio quanto mesênquima apresentam comportamento neoplásico.
    -Aspectos clínicos: Ocorrencia maior na 1ª e 2ª década de vida, afetam ambos os sexos em pacientes jovens. Mais comum em mandíbula posterior.
    - Aspectos radiográficos: lesões uni ou multiloculares, radiolúcidas com limites precisos, presença de dentes inclusos é comum.
    - Tratamento: curetagem ou excisão local simples

    • Fibrodontoma ameloblástico: lesões que apresentam partes de esmalte e dentina.
    • -Aspectos Clínicos: Quase exclusiva em crianças (1ª década), causas de atraso de erupção dentária.
    -Aspecto radiográfico: lesão radiolúcida bem delimitada, exibindo quantidade variável de conteúdo calcificado.
    -Tratamento: Remoção cirúrgica com simples e delicada curetagem

    • Odontoma: São massas de tecido calcificado apresentando todos os componentes do dente.
    -Aspectos clínicos: Diagnosticados na 1ª e 2ª década de vida (atraso na erupção dentária)
    - Aspectos radiográficos: áreas radiopacas bem delimitadas por halo esclerótico

    • Odontoma composto: inúmeros dentículos formando o odontoma.
    - Tratamento: remoção cirúrgica.

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  5. Tumores de Ectomesenquima odontogenico com ou sem epitélio Odontogenico
    É um terceiro grupo de tumores odontogênicos composto principalmente de ectomesenquima odontogênico.
    • Mixoma: Só existem nos osso gnáticos. Origem a partir do mesênquima da papila dentária.
    -Aspectos clínicos: Mais comuns em adultos jovens, sem predileção por gênero. Mais frequente em mandíbula, podendo causar grande deformidade. Sua expansão indolor no inicio. Pode ter crescimento rápido. Tumor agressivo localmente.
    - Aspectos radiográficos: grandes áreas radiolúcidas extensas e mal delimitadas, com margens irregulares e aspecto infiltrativo, formando ângulo de 90 graus.
    - Tratamento: Remoção cirúrgica, porém grande índice de recidiva.

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  6. Tumores benignos
    Conjunto de lesões cujas características principais são: Crescimento lento, não invasivo, geralmente encapsulado, pequenas dimenções e assintomáticos.
    • Papiloma escamoso: Proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado que resulta em um aumento de volume papilar ou verruciforme. Acredita-se que essa lesão seja induzida pelo papilomavirus humano (HPV).
    -Aspectos clínicos: Comum em pacientes jovens. Lesão única, de pequenas dimensões, geralmente pediculada, com coloração esbranquiçada. Principal local acometido é a língua e palato. Também exofítica com superfícies longas e pontudas.
    - Tratamento: Excisão cirúrgica e biópsia, sem recidivas.

    • Limpoma: Neoplasia benigna do tecido adiposo.
    - Aspectos clínicos: Lesões nodulares encapsuladas, na maioria dos casos sésseis com superfície lisa, consistência geralmente amolecida e coloração levemente amarelada. Local de ocorrência é geralmente na mocosa jugal, língua e assoalho oral.
    - Tratamento: remoção cirúrgica.

    • Schwanoma ou Neurilemoma: Neoplasia benigna originária das células de Schwan, no tecido nervoso.
    - Aspectos clínicos: Lesões nodulares, séssil, de consistência borrachóide, assintomática. Ocorre em adultos jovens, com localização preferencial em língua, soalho e palato.
    - Aspectos histológicos: tecido Antoni A bem organizado (à direita) com tecido
    Antoni B mixoide e menos organizado adjacente (à esquerda).
    B, Células de Schwann do tecido Antoni A num arranjo em paliçada ao redor das zonas acelulares conhecidas como corpos de Verocay.
    Obs: Para ocorrer essa patologia tem que haver os dois padrões na mesma lamina.
    -Tratamento: Excisão cirúrgica e biópsia.

    • Lesões fibro- ósseas: Substituição das trabéculas ósseas por tecido fibroso.
    Displasia fibrosa monostótica: Osso medular é substituído por tecido conjuntivo fibroso com quantidade variável de material ósseo. Etiologia desconhecida. Podendo ser por Parada na maturação do tecido mesenquimal no estágio de osso imaturo, Trauma ou Distúrbio endócrino
    - Aspectos clínicos: Aumento de volume lento e assintomático. Predileção pela maxila em Pacientes jovens, Provocando assimatria facial e deslocamento de dentes.
    Displasia fibrosa poliostótica: Mais de um osso envolvido. Síndrome de McCune-Albright: displasias fibrosas, pigmentação melânicas cutâneas.
    distúrbios endócrinos: Hiperfunção das glândulas endócrinas – desenvolvimento sexual precoce, hipertireoidismo, adenomas hipofisários, hiperplasia da suprarrenal. Máculas café-com-leite – pescoço, tórax, dorso, ombro e região pélvica.
    - Tratamento: cirurgia de remodelamento ósseo para melhorar a função estética.

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  7. Tumores de glândulas salivares
    Quanto maior a glândula, menor o risco de ser maligno”
    • Adenoma pleomórfico: Tumor de glândula salivar mais comum. Mistura de elementos ductais e mioepiteliais. Acomete com maior frequência a parótida, seu crescimento é lento, indolor e persistente. Mais comum em sexo feminino, ocorrendo em qualquer pico de idade.Em parótida geralmente acometem o lobo superficial e não provocam paralisia facial.
    -Tratamento: Parotidectomia ou Remoção total da lesão
    Obs: O adenoma pleomórfico é um tumor tipicamente encapsulado e bem circunscrito. Entretanto, a cápsula pode ser incompleta ou exibir infiltração por células tumorais. Essa falta de encapsulação completa é mais comum nos tumores de glândula salivar menor.











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