sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Calcificações Pulpares

Presença de material mineral calcificado no interior da Polpa Dental. É uma condição crônica, ou seja , tem forte associação com pulpites crônicas de longa duração
A prevalência de calcificações pulpares aumenta com a idade. Então acontece em adultos e idosos
Os tres tipos de calcificações pulpares são:
1. Dentículos
2. Cálculos pulpares

3. Calcificações lineares difusas

Dentículos:
São formados como resultado de uma interação epitélio-mesenquima durante o desenvolvimento da polpa.
-Células epiteliais induzem a diferenciação odontoblástica do mesenquima da papila dentaria circundante, formando o núcleo do denticulo. Ou seja, as células imaturas ( do mesenquima - papila dentária) são estimuladas pelas células de epitélio inflamadas se transformam em odontoblastos.
- Esses odontoblastos depositam dentina tubular a medida que se afastam do epitelio central formando os dentículos

Calculos Pulpares:
São calcificações que acontecem estimuladas a partir de um núcleo (ou ninho central). Aqui não temos a formação de estruturas de tubulos dentinarios como nos dentículos.

Calcificações Lineares Difusas
Este material calcificado delicado costuma ser depositado de maneira linear ao longo do curso de um vaso sanguineo ou de um nervo.

Pulpite Crônica Hiperplasica





Esta condição ocorre em crianças e adultos jovens que apresentam grande exposição da polpa, nas quais muitas vezes toda a dentina do teto da camara pulpar esta ausente.

Os dentes mais envolvidos são os molares deciduos ou permanentes, que possuem câmaras pulpares amplas nesta faixa etária.

A irritação mecânica e a invasão bacteriana resultam em um grau de inflamação crônico, que produz um tecido de granulação hiperplásico, o qual extrui da camara pulpar e, muitas vezes, preenche o defeito dentinario associado.

O ápice pode estar aberto, reduzindo a chance de necrose pulpar secundaria a compressão venosa. Ou seja, em crianças com a formação incompleta da raiz, o apice aberto facilita a circulação do sangue, então a polpa não sofre necrose.

O dente é assintomático, exceto pela possível sensação de pressão durante a mastigação.







Esse video mostra o polipo pulpar!!!

PULPITES

Vamos iniciar falando de Pulpite!
A Pulpite nada mais é do que a inflamação da polpa. Geralmente causada pelo progresso da carie dentaria, mas tambem pode ocorrer por trauma ou iatrogenia ( ex: alta rotação sem refrigeração).

Existem dois tipos:

O primeiro é a  pulpite reversivel. Ou seja, a polpa ainda tem condições de voltar a ser saudável. Dessa forma, o tratamento seria ajudar na recuperação da saúde pulpar e isso se faz com a retirada do tecido carioso, capeamento pulpar e restauração.



O video acima mostra que existe vida dentro do dente.

Mas como saber se  a pulpite é reversivel? Devemos fazer o teste de vitalidade. Geralmente a dor só acontece após um estimulo ( o dente não doi expontaneamete). Se ao submeter o dente a baixa temperatura o paciente relatar dor e logo após a retirada do microbrush gelado essa dor passar, o que temos é uma pulpite reversivel. Ai devemos proteger a polpa e restaurar





No entanto, como visto no vídeo, o dente pode passar a apresentar dor espontanea, nesse caso o que temos é a segunda forma de pulpite, a pulpite irreversivel e o tratamento é a endodontia. Nesses casos o teste de vitalidade pode responder de duas formas:

Nos estágios iniciais:
Em geral apresentam uma dor aguda e acentuada ao estimulo térmico (frio) e a dor continua apos o estimulo ter sido removidoO frio e especialmente desagradável, ainda que o calor ou o doce, além dos alimentos ácidos, também possam provocar dor.
A dor pode ser espontânea ou continua e pode ser exacerbada quando o individuo se deita.
Nos estagios avançados:
Aumento da intensidade da dor, sendo relatada como uma pressão
pulsatil, que pode deixar os pacientes acordados durante a noite.
o calor aumenta a dor; entretanto, o frio promove o seu alivio. (por causa da vasodilatação com o calor e a vasoconstrição com o frio)
A mobilidade e a sensibilidade a percussão estão  geralmente ausentes, pois a inflamação significativa ainda não se estendeu para a região apical (ainda não é granuloma). Se ocorrer a drenagem pulpar (abrindo o dente para permitir o inchaço da polpa), então os sintomas poderão desaparecer.

Patologia Bucal

Ola meus queridos da 6ª Turma Inapós
Bem vindos a Patologia Bucal!!
Iniciando mais um semestre e espero que muito conhecimento venha com ele!!!

Preparem-se e não deixem as coisas para ultima hora!
Beijoss




sábado, 14 de novembro de 2015

Adenoma Pleomórfico

Adenoma Pleomórfico


Tumor de glândula salivar mais comum. Acomete com maior frequência parótida. Clinicamente, o adenoma pleomórfico da glândula parótida apresenta-se como lesão nodular única, com margens bem delimitadas, superfície lobulada, consistência endurecida, móvel e indolor à palpação. A grande maioria (90%) dos casos acometem o lobo superficial da glândula, sendo 80% na sua porção inferior. Tumores bilaterais são extremamente raros
       Microscopicamente, a variedade de tipos celulares é a principal característica do adenoma pleomórfico, não apenas entre diferentes tumores mas também em diferentes partes de um mesmo tumor. É composto por elementos epiteliais, mioepiteliais e mesenquimais, envoltos em um estroma de natureza mixóide, condróide ou mesmo osteóide.
O diagnóstico da neoplasia de parótida é feito a partir da história clínica minuciosa e pelo exame físico. Os exames de imagem, particularmente a ultrassonografia e a tomografia computadorizada podem ser realizados em casos selecionados para planejar o tratamento. A punção aspirativa com agulha fina (PAAF) é outra modalidade diagnóstica que pode ser utilizada no sentido de determinar se o tumor é benigno ou maligno, no entanto não serve para definir a conduta terapêutica. O diagnóstico definitivo de adenoma pleomórfico é realizado pelo exame histopatológico em cortes de parafina, a partir de uma parotidectomia com identificação e preservação do nervo facial
Mais comum em sexo feminino (3:1) e pode ocorrer em qualquer idade com pico entre 30 e 50 anos.)

Pode acometer glandulas salivares menores, no interior da cavidade bucal, neste caso, 60% das lesões acontece em palato duro, como na imagem abaixo.
Tratamento
O tratamento para tumores de parótida é a remoção da glândula. Para lesões intrabucais deve-se realizar a excisão completa da lesão.





Adenoma Pleomorfico em palato duro.
Imagem prof. Marcelo Cardoso

Tumores Benignos

Papiloma

Lesão induzida pelo papilomavirus Humano (HPV). É uma proliferação celular benigna do epitélio escamoso estratificado que resulta em um aumento de volume papilar ou verruciforme.
Podem ser encontrados no vermelhão dos lábios e na mucosa da boca, com predileção pelo palato duro, palato mole e úvula. Essas três últimas localizações constituem aproximadamente um terço das lesões encontradas. Em geral medem menos do que 1cm na maior dimensão e aparecem como alterações exofíticas da superfície, entre granulares e semelhantes a couve-flor.
O tratamento é  a excisão cirúrgica e biópsia. Recidivas são raras.


Papiloma
 Estomatologia Unioeste


Lipoma

O lipoma intraoral é uma neoplasia benigna de mucosa correspondendo de 1 a 4% de todos os tumores benignos de mucosa oral. Apresentam tecido mesenquimal adiposo, usualmente coberto por uma fina camada de cápsula fibrosa, podendo ocorrer em diferentes tecidos e órgãos do corpo. Sua etiologia e patogenicidade não é bem esclarecida, sendo relatada a influência de fatores hormonais, endócrinos e inflamatórios. Geralmente são de crescimento lento, bem delimitado, indolor podendo ser superficial ou profundo, porém possuem um subtipo maligno denominado liposarcoma. As regiões na cavidade bucal com maior frequência são: mucosa bucal, lábio, língua, sulco vestibular e assoalho bucal. O diagnóstico é geralmente clínico. O tratamento é a excisão cirúrgica, e o especime deve ser encaminhado para biópsia.

A e B lipoma em borda lateral de língua, imagem clínica e da lesão excisada. Em C e D observamos células adipposas maduras.


Schwanoma
Neoplasia benigna originária das células de Schwan, que fazem parte do  tecido nervoso.
Se apresentam como Lesões nodulares, de consistência borrachóide, assintomática.
Geralmente Ocorre em adultos jovens, com localização preferencial em língua, soalho e palato.O tratamento de escolha é a Excisão cirúrgica e biópsia.  Assim como em toda excisão cirurgica, o especime deve ser enviado para analise histopatológica onde vai apresentar na lâmina dois padrões distintos, denominados Antony A e Antony B. 

                                                                      Schwanoma


                                      Padrão Antony A Seta preta, Padrão Antony B seta azu

Tumor Odontogenico de ectomesenquima - Mixoma




Tumores de Ectomesenquima odontogenico com ou sem epitélio Odontogenico


É um terceiro grupo de tumores odontogênicos composto principalmente de ectomesenquima odontogênico. O epitélio odontogênico pode ser incluído nestas lesões, mas não representa qualquer papel essencial em sua patogênese.


MIXOMA
O mixoma odontogênico é uma lesão, que mimetiza microscopicamente a polpa ou o folículo dentário. Embora seja uma neoplasia benigna, é agressiva e pode recidivar devido à ausência de cápsula e da consistência frouxa. A imagem radiográfica é radiolúcida, mal-definida, exibindo trabéculas ósseas finas que formam angulo de 90 graus.  O tratamento de escolha é radical, já que a curetagem pode resultar em remoção incompleta. Apesar do potencial de recidiva, o prognóstico é bom.



Aspecto radiografico mostrando finas trabeculas ósseas formando angulos de 90 graus

                                                    Aspecto macroscópico, observe a consistencia gelatinosa da lesão